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O que é o torcicolo muscular congénito?



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O torcicolo traduz uma contratura de um dos dois músculos da região do pescoço que se chamam esternocleidomastóideos e é um desafio grande para o bebé e para os seus pais. Este músculo realiza o movimento de inclinação da cabeça para o seu lado e a rotação para o lado contrário. Se existe uma alteração o bebé vai apresentar preferencialmente a cabeça em inclinação e rotação para o lado contrário.


O torcicolo mais comum nos bebés é o torcicolo muscular congénito. Congénito porque o bebé já nasce com ele. Existem torcicolos congénitos, menos frequentes, em que a causa da alteração muscular é normalmente uma má formação óssea.


No caso dos torcicolos musculares congénitos, pode ou não existir a presença de uma tumefação, isto é, um caroço na região do músculo, que aparece poucas semanas após o nascimento e desaparece pelos 3 meses. Essa tumefação traduz uma fibrose muscular e é detetada por palpação, se for grande, ou numa ecografia. Primeiros filhos, partos traumáticos ou bebés grandes têm maior probabilidade de desenvolver um torcicolo.


Poucas vezes referido na literatura, mas muitas vezes constatado na prática clínica são os torcicolos bilaterais. Quando existe uma alteração dos dois músculos esternocleidomastóideos, o bebé apresenta uma tendência para permanecer com o queixo numa posição mais baixa, mostrando dificuldade em elevá-lo. São os típicos bebés em que os pais têm dificuldade em proceder à limpeza do pescoço.


É importante perceber que nem sempre existe esta lesão, mas o músculo apresenta contratura e a cabeça uma posição de inclinação/rotação contrária, com limitação da inclinação/rotação para o lado oposto ao do torcicolo. Assim, se uma ecografia for negativa, mas o bebé apresentar alteração da amplitude de movimento ou preferência pela posição referida são sinais de alerta que devem motivar o tratamento e o início das medidas de posicionamento e estimulação em casa.

 

A que pode estar associado o torcicolo muscular congénito?


Muitas vezes o torcicolo está associado a uma plagiocefalia, podendo ser a sua causa. Se o bebé, devido à contratura do músculo, está sempre apoiado sobre a mesma zona da cabeça, esta começará a aplanar nesse ponto.


Normalmente a rotação resolve-se antes da inclinação. O bebé roda a cabeça para os dois lados, mas mantém uma inclinação.


Qualquer um dos tipos de torcicolo necessita de tratamento. Não passa sem intervenção, apenas assume outras formas, canaliza a assimetria para outras zonas do corpo, tornando-se menos percetível.


O torcicolo pode estar associado a sintomatologia digestiva, nomeadamente ao refluxo gastroesofágico, devido à relação anatómica entre o estômago, diafragma e coluna cervical, entre outras razões.

 

O tratamento do torcicolo muscular congénito é eficaz?


Quanto mais cedo se iniciar o tratamento, menos sequelas teremos e melhor será o prognóstico. É importante tratar o torcicolo antes que a cabeça comece a apresentar assimetria.


Numa consulta de osteopatia o bebé é analisado como um todo. Após a realização de uma história clínica minuciosa, procura-se identificar as suas disfunções, analisar o seu movimento, as suas preferências, a mobilidade das suas estruturas e os seus sintomas.

No caso dos torcicolos congénitos deve existir uma intervenção combinada de fisioterapia, osteopatia, um trabalho em casa exigente, muita paciência e otimismo.


O tummy-time, a forma de dar colo e de realizar a estimulação ativa e o posicionamento são alguns dos tópicos a serem trabalhados em casa, sendo abordados detalhadamente na consulta de Fisioterapia/Osteopatia Pediátrica. A colaboração dos pais é fundamental para o tratamento.


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